sábado, 6 de junho de 2020

Para onde a gente vai quando a gente não sabe onde ir?Estou me inspirando no Alzheimer para criar uma obra....sem memória e sem nenhum projeto.Como um velho caquético doente de Alzheimer perdido na rua.Pela primeira vez na vida posso descrever meu processo de criação.Estou me submetendo as incertezas fora da minha zona de conforto.Eu me comporto no quadro como uma pessoa perdida que não sabe se vai reto ou se dobra a esquina.Em alguns momentos sinto um pânico e parece que tudo não tem nexo.As cores e as formas não sinalizam e não comunicam....mas eu permito.Não sigo nenhuma regra na composição.E , é inegável que isso reverbera em TODAS as minhas atitudes na vida.Penso que vou fazer uma coisa e faço outra.Planejo jantar uma comida, e tudo muda.Não sei onde isso vai dar.O que sinto é que estou presente no agora.Como se o agora fosse eterno.Sem pressa, sem expectativa, sem ansiedade e sem rima.Um processo solitário, algumas vezes doloroso, mas imensamente rico.Viviane Mendes

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