domingo, 7 de junho de 2020
Meu gato morreu.Valente, lutou até o fim.Estou com os olhos embargados escrevendo esse texto para falar sobre a morte.Até pelo fato de que a morte do meu gato não interessa para ninguémMeu gato não virou estrelinha.Não consigo romantizar a morte.Quando meu pai morreu mandaram um padre me dar a notícia.Eu tinha 3 anos de idade, e ele disse que meu pai tinha virado uma estrelinha.Desenvolvi uma repulsa pelo meu pai.Achei que ele tinha ido embora por livre e espontânea vontade.Me senti rejeitada.Até que um familiar percebeu o que eu sentia e me explicou que ele não morreu porque ele quis.Foi um acidente de carro, numa curva, um caminhão, ele voou do carro, bateu a cabeça e foi traumatismo craniano. Até algum familiar ter coragem de me olhar e verbalizar o fato, foram alguns anos.Estou contando isso, porque acho importante compreender aquilo que nos amarga a boca:A morte.Para crianças, pode funcionar por um tempo, dizer que o avô, o cachorro ou um tio virou estrelinha.Muitas vezes parentes distantes, não são imprescindíveis no dia a dia.Cachorro ou gato, a gente substitui e engabela direitinho a criança.Mas, acho importante falar sobre o assunto.Eu sofri muito nas últimas semanas.Era um gato....só um gato.E eu tenho outros.Fiz TUDO que eu pude.Ontem nossa despedida foi linda.Coloquei ele aqui do meu lado no computador e algumas musicas especiais para ele ouvir.Como a oração de São Francisco de Assis.Ele estava apático, num levantava e nem se alimentava.Quando ele ouvia a música, ele abriu os enormes olhos verdes, levantou a cabeça...como se ele não tivesse nada.Foi lindo e emocionante demais.Acho que a despedida mais linda que eu pude vivenciar.Meu menino com alma de passarinho, voou.Eu vivi muitas perdas, mas, aprendi alguma coisa com a vida e com a morte:Quando a gente aprende que o amor é o professor, a nossa alma cresce e acredita que é do tamanho exato do amor que a gente sente.Vivi Ame.....Viviane Mendes...''rimas de ventos e velasvidas que vem e que vaia solidão que fica e entrame arremessando contra o cais,''
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