domingo, 31 de maio de 2020
"Não meu amor, sou apaixonada por você, mas não posso te beijar!"(escutei a moça falando no celular)O beijo na boca virou sentença. ...a primeira coisa que eu faço é sentar no sol com uma xícara de café. Aqui no fundo de casa, eu vejo a rua.Mas quem passa na calçada não me vê. Meu oclinho azul, eu limpo no pijama velho.Entre um gole no café, uma espiada na rua, o celular e uma mordida no pão, percebo o seguinte:A realidade é uma piada.Uns acham sem graça e outros dão gargalhadas. Muita gente sem máscara, e sem medo?Alguns com máscara, e com juízo?Vejo gente comemorando que o vírus está indo embora.E outros, sentindo que o pico nem chegou.Vai chegar e nos pegar despreparados na praia, tipo um tsunami. Na promessa da vida voltar ao normal, para ficar mais atrativo, se limita o número de clientes, exige o uso de máscaras e se oferece álcool gel.Louvado seja!Eu, me preocupo com o cafezinho na cozinha da firma.No encontro com o conhecido na esquina.Naquele momento de bobeira que a gente esquece de puxar o breque de mão. Sabe, aquele descuido que a gente sabe que ninguém vai ver?Pois é. O vírus tem visão biônica. Ele, não quer morrer.Esse é o problema.Sendo um vírus um ser vivo, ele quer crescer e se multiplicar. Penso que nosso desafio será não nos matarmos antes que ele nos mate.Não será como antes.O nível de dificuldade do jogo aumentou.Os apaixonados, me preocupam.Medir consequências de beijos e abraços, com que régua?Como se encaixar nesse novo compasso?Encaixotar paixões é cruel....se entregar cegamente, idem. Vivi Ame, Viviane Mendes
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