quinta-feira, 7 de maio de 2020

Eu queria tanto uma roupa nova....sei que no fim, mesmo com o dinheiro curto, minha mãe acabou comprando a calça branca.Calça branca beeeem justa.Pensa, na justiça divina, a calça era mais justa.Os hormônios da adolescência mais alvoroçados que libélulas na luz.Tava com a auto estima da Anitta....14 anos e uma caixa de com 200 lápis na mão.Era um bingo beneficente com tudo a professoraiada presente.Eu, filha da fessora de português, me sentindo a Viviane Araújo desfilando na avenida, ia distribuindo lápis nas mesas.Com a tal calça branca......justa.Quando a gente veste roupa nova, nossa!Era eu e não tinha ninguém mais bela.Mal conseguia dar um passo...a calça era justa.Lógico que eu trupiquei num degrau e 200 lápis rolaram pelo chão!Todo mundo viu.Fui, humirde....agachando e pegando ozlápis do chão.Repito:200 lápis.Eu descobri o poder dazoração nesse dia....Cêis num imaginam o medo que eu tinha da calça branca rasgar nas minhas abaixadas.Acho que a marca do brim era Pool.Depois disso, fiquei no pavor da calça justa.Daí , outro dia,tava paquerando um rapaiz...sentei num muro, ajeitando o cabelo.Fiz ar de superior...tipo:Nem te vi.A carça branca ainda num tinha acabado com minha auto estima...Não acertei o muro, rolei um barranco de 3 metros de altura.Todo mundo viu...A vergonha foi de quase chorar.O rapaiz que eu paquerava me viu cas perna pro ar e suja de terra.De lá pracá, eu desisti.Viviane Mendes

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