terça-feira, 12 de maio de 2020

Aceita que dói menos:O ano de 2020 acabou sem começar. A quarentena a gente já sabe como é que faz....Eu tenho comigo que este ano já era.A palavra agora é hibernar.Estamos no meio do outono, rumo ao inverno.Não creio que a solução vai aparecer feito um coelho na cartola.A gente vai ter que digerir essa realidade em doses homeopáticas. Não digo para imitarmos os ursos....não temos potencial para isso.Mas, por uns 6 ou 7 meses, vamos ter que sobreviver dentro de nossa própria pele.Com nossas escolhas e dramas.Se o vírus não levar nosso corpo, talvez leve pornossa mente.Mesmo sem contrair a doença, já fomos afetados.Meu texto não tem um viés pessimista.Já sabemos que teremos várias ondas para enfrentar.Olha, não é fácil essa guerra.Mas, quando falo em hibernar é um tipo de procurar algum cantinho dentro de nós que traga o conforto de um útero materno.E que nesse hibernar nossos pensamentos sejam algum líquido amniótico que nos sirva de alimento.O vírus, é letal....nossos pensamentos também. Só que nossa mente é repleta de requintes de tortura...Ela nos mata lentamente.A solidariedade aos menos favorecidos, a empatia, a compreensão com os que estão vivendo o drama de despedir seus funcionários e ...o céu continua azul.Repararam como a luz do outono é linda?Não ouvimos tiros e nem bomba.Só choro das famílias que enterraram os seus.Parece que é uma ilusão e que é tudo mentira da televisão. Chegou a hora de assistirmos um filme interessante.O campo de batalha da vida real.Onde somos os protagonistas tentando sobreviver a um vírus, aos nossos pensamentos, e a nossa humanidade.Sabe em filme de guerra quando a gente vê alguém ferido e que o outro soldado, lutando pela vida, ainda carrega o amigo ferido no ombro?É disso que estou falando...Chegou a hora!...e, muitas vezes, o amigo ferido somos nós mesmos.Estamos em guerra e o céu azul nos abençoa com a linda luz do outono.Vivi Ame, Viviane Mendes

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