quarta-feira, 18 de setembro de 2019
Muito se tem falado em tristeza, depressão e isso nos mata lentamente. Algumas vezes estamos imersos em eventos envolvendo dramas pessoais. Outras vezes, sofremos na expectativa de que a solução do mundo esteja nas mãos dos governantes. E outras, vezes...nada está acontecendo. E a tristeza se instala. Como se ela fosse necessária para percebermos a vida. Tantos entretenimentos existem para driblar esse estado de melancolia, remédios, drogas, e até um misticismo desenfreado a procura de cura espiritual. Tudo é válido. Mas...existe um tempo que nos chama para um regresso em algum ponto que a gente se perdeu. Por mais que sejamos alegres e bem resolvidos, existe um grito silencioso. Tentamos abafar com o travesseiro ou com o som alto da televisão. Entretanto, nada nunca calará esse som. ...é a nossa insatisfação com as coisas da matéria. Temos medo. Medo de ficar velhos solitários e dependentes. No fim, é isso. Cuidamos de tudo e queremos eternizar nossa passagem. O sofrimento vem do desejo do impossível. Só nos resta investir na ARTE. A arte de nos amar, apesar de tudo. A arte que num quadro ou numa poesia nos coloque de volta ao eixo. A arte de se estar presente mesmo querendo desaparecer do mundo. Arte, não é o que está confinado em galeria e museus. Aquilo é grito. Grito de artista. Todo mundo, um dia vai se render a arte...quando perceber que até com comida se pinta um colorido na vida. Arte, é harmonia. Arte, é o que nos proporciona a contemplação serena e instigante que nos faz pensar: -Como pode? -Parar tudo...e com batata, quiabo e feijão, no chão, escrever amor? TUDO deve ter amor. ...até na tristeza pela incerteza da vida. Não adianta fugir. Nós temos fome. Fome de arte, de amor e de harmonia. Um dia vamos desaparecer da matéria. Por essas e outras, eu pinto e celebro as desimportâncias. Vivi Ame...Viviane Mendes
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