segunda-feira, 9 de setembro de 2019
09/09/2019 Sentei com meu advogado. Ele disse que o juiz mandou o recado, que meu traje não era adequado. Entrei na igreja, o padre me disse que vestido longo é permitido, mas que mulher direita não anda com as costas de fora. Sem missa, sem justiça. fui dançar na rua... A polícia mandou parar, louco tem que internar. Fugi, me escondi na floresta. Lá, entre plantas flores e insetos, pude rodar a saia e sentir o vento nas pernas, o perfume das flores e o brilho do sol. A natureza que existe em mim, exige a oração. Girando feito o girassol! A simplicidade do coração é a chave. De pé, na dança...pois minha alma é de criança. De costas nuas, pois a pele é a parede que abriga meu corpo, me veste como um cobertor, me aquecendo na dor, e me despindo para o amor. O corpo, me é sagrado, e com ele tenho cuidado. Nas matas, Oxóssi me permite. Nas águas, Iemanjá, me carrega. No vestido vermelho, Xangô, me reconhece. Xangô me reconhece! Essa é minha prece. Que a proteção se faça. Que a justiça se cumpra. Que a paz se estabeleça. Que a energia catalizadora desta tormenta, transmute Todo peso que não é necessário. Nada tenho a oferecer ao mundo,além de minha alma transparente que me permite ver constelações no horizonte. Nada tenho a pedir. Tenho minha alma despida para sentir. Tenho a retidão como meu guardião. Tenho a dança como fiança. Me foi concedida a liberdade de orar, sem precisar me ajoelhar. Que assim seja. Vivi Ame......Viviane Mendes
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