segunda-feira, 12 de outubro de 2020
Tatita, o nome da cachorra.Peguei ela nos braços, com 5 anos de idade, andei alguns poucos quarteirões e entreguei ela para uma senhora que a tratou como a Viviane, adulta trata hoje os animais.Doei ela por livre e espontânea vontade.Com esse cabelinho curto, eu já entendia a complexidade da vida.No cenário que eu vivia, só as pelúcias da estante seriam poupadas das contrariedades e contratempos.Naquele tempo eu já sabia que o bem estar da cachorra era o mais importante, e que eu ia ficar de quarentena até um dia.Um dia que eu ia poder fazer o que com 5 anos, só podia sentir.Sobre amor, responsabilidade e desapego, eu aprendi a lição bem cedo. De lá para cá, o brilho nos olhos permaneceu.Meu cabelo cresceu no ritmo das responsabilidades. Quase virei uma senhora distinta.Escapei dessa sina.Fiz da vida minha aquarela...fui fiel ao pincel que me veio do céu.Os animais sempre me levaram a conhecer minha melhor versão.Continuo a mesma, escuto o coração.Essa menina da foto é meu exemplo, foi ela que me ensinou a não envelhecer.Todos os dias tento ser uma boa filha de Nossa Senhora.A existência comemora, vivo com 4 cachorros, 13 gatos, ajudo os que a vida põe no meu caminho.Tenho 1 homem na minha vida, Kico Marcolan que juntos nos curamos de nossa infância e voltamos a ser criança com todas as cores que nos foram negadas.A vida tem moldura dourada.Sou grata.Sou aquela que faz serenata na própria janela, e propaga o som em alto e bom tom:AMOR, CORAGEM, DESAPEGO,RESPONSABILIDADE, ENTREGA e COMPAIXÃO....essa é minha oração.Vivi Ame( a Tatita viveu feliz por muitos anos, teve vida de rainha, a senhora que cuidou dela é a falecida Dona Vanda, que morava numa casa linda branca e azul)Viviane Mendes
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