terça-feira, 13 de outubro de 2020

Quando o ano de 2020 começou, pela soma dos números, sabia que era um ano de enquadramento.O quatro, um quadrado.Sabia que seria um ano de olharmos sem fuga para nossas construções materiais e mentais.Além das paredes que nos cercam e do teto que nos abriga, nossas construções mentais nos enquadram em determinados padrões energéticos.Com quem dividimos a cama, a mesa e a vida?Foi necessário nos afastar de nossas fugas cotidianas para um espelho refletir tudo que maquiamos com desculpas e escapadas pela tangente.Nossas escolhas são nossos partos cuspidos na nossa cara.Nossos medos revelados na cama.Nosso tempero sendo provado na mesa.Nossas certezas se desfazendo.De tudo, eu só vejo futuro em construções com alicerce profundo.Piso rachado absorve água.E um solo encharcado é propicio a desabamentos.Um chão sadio é feito de palavras, sons e gestos.Almas adoecem na competição.''O mais forte nunca é o bastante para ser sempre o amo se não transformar sua força em direito e a obediência em dever''( essa frase é do meu pai)Nossas quatro paredes são decoradas com nossas aquarelas, nossas crias e nossas poesias.Mesmo num barraco sem água e sem comida, se tiver amor e respeito, se edifica um castelo.Mas...se a herança for apenas o dinheiro, o desafio é demolir as paredes.Nesse caso os envolvidos já foram a óbito.A causa mortis foi o desabamento da relação.Vivi Ame, Viviane Mendes

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