quarta-feira, 22 de abril de 2020
Sei que no fim, roupa velha é tão confortável. Bem surrada...o tecido fica macio.Dou uma saída para comprar comida, de máscara. Aquele elástico puxando a orelha pra frente.Minha mãe dizia que eu tinha uma orelha mais pra frente que a outra.Ela falava para eu evitar botar o cabelo para trás que ficava feio.A gente nem lembra que tem orelha, né?Mas...o elástico nos faz lembrar.Minha rinite faz coçar o nariz.Que coisa neura.Os pensamentos correndo solto, sem freio.Tipo um caminhão FNM, desembestado numa descida.Faço compras rápido, como se a polícia andasse atrás de mim.Mentalmente, vou agradecendo "O poder" comprar.Uma bipolaridade latente ao escolher qualquer coisa, me faz ficar entre a economia, pensando em dias difíceis e entre o prazer do agora e dane- se o depois.No sítio, minha mãe me contava...."fulano tá vendo a morte por um canudo".Eu achava engraçado...Agora eu acho que perdeu a graça. Sei que meus prazeres se resumem a um pijama rasgado.Uma música tocando.O homem que eu amo do lado.Minha cachorra no colo....e uma bebida no copo.Lavei o cabelo, olho no espelho ele bem comprido, me dá prazer também. Minha mãe cortava, eu sofria.E quando o sol vai embora, fica um fiozinho gostozo. Ponho meia.Amo dormir de meia.Lavo azmeia todo dia.Limpinha...parece que os anjos cuidam da gente.Viviane Mendes.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário