terça-feira, 21 de abril de 2020
O homem do saco preto, me ronda.Quer me pegar.Ele passa aqui na frente todo dia.Não pensem que é fácil...... faço isso como exercício. De desapego, de harmonia, de impermanência e de flexibilidade.Ainda vejo muito chão de terra batida pela frente.Eu vejo muito chão...Fazer isso é como espiar pela fresta da porta e ver uma miragem.Assim, ao abrir a porta e ver o tanto de chão que tem pela frente, eu me distraio.Minha lucidez precisa de um pouco de descanso.Não pensem que é fácil ser gente grande e ter que inventar brincadeiras para criança que vive dentro de mim.Não é fácil. Tenho medo do homem do saco preto, da loira do banheiro e do malvado que rouba criança para fazer sabão. Nas histórias que conto para mim, eu termino sempre com o mesmo fim:Tudo que você tinha medo não aconteceu.Você cresceu e pode provar.Daí eu ganho fôlego para mais um dia.Ainda tenho fitas e tintas.Tenho flores e um jardim.Ainda tenho cores.Apesar do mundo lá fora ter desbotado.Vivi Ame, por Viviane Mendes.
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