sábado, 11 de abril de 2020
...me disse que tenho sangue de barata.Sangue, eu não sei, mas da barata voadora, eu tenho as asas.As quais eu chamo de serenidade.Não confundir com docilidade e muito menos com subserviência.Sou mansa e arisca.Definitivamente, não sou uma pessoa ansiosa.Nada contra.Eu, que não vejo vantagem nenhuma na ansiedade.Aprendi a confiar nas pausas.A ansiedade nunca me foi boa companhia.Em compensação, a serenidade me deu asas.Quer coisa mais poderosa que barata voadora?Pensando bem, até os bigodes da barata eu tenho.Sinto cheiro e sabor no ar...A intuição que nunca há de me faltar.Medo de alguém me matar com uma chinelada?Olha pra cara da barata e me diga:Ela tem cara de medo?Ou é você que morre de medo dela.Ter o sangue da barata é o que tá em falta por aí.Queremos revidar.Reagimos a tudo.Putz, e uma certa frieza nos conserva a dignidade e nos poupa de arrependimentos.O sangue da barata muitas vezes é confundido com falta de brio.Entretanto, isso é mera interpretação.Para alguns, pode ser extrema confiança no poder do voo, independente das circunstâncias.A tal da serenidade do começo da conversa.Viviane Mendes
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