sexta-feira, 18 de setembro de 2020
Muito se tem falado em tristeza, depressão e isso nos mata lentamente.Algumas vezes estamos imersos em eventos envolvendo dramas pessoais.Outras vezes, sofremos na expectativa de que a solução do mundo esteja nas mãos dos governantes.E outras, vezes...nada está acontecendo.E a tristeza se instala.Como se ela fosse necessária para percebermos a vida.Tantos entretenimentos existem para driblar esse estado de melancolia, remédios, drogas, e até um misticismo desenfreado a procura de cura espiritual.Tudo é válido.Mas...existe um tempo que nos chama para um regresso em algum ponto que a gente se perdeu.Por mais que sejamos alegres e bem resolvidos, existe um grito silencioso.Tentamos abafar com o travesseiro ou com o som alto da televisão.Entretanto, nada nunca calará esse som....é a nossa insatisfação com as coisas da matéria.Temos medo.Medo de ficar velhos solitários e dependentes.No fim, é isso.Cuidamos de tudo e queremos eternizar nossa passagem.O sofrimento vem do desejo do impossível.Só nos resta investir na ARTE.A arte de nos amar, apesar de tudo.A arte que num quadro ou numa poesia nos coloque de volta ao eixo.A arte de se estar presente mesmo querendo desaparecer do mundo.Arte, não é o que está confinado em galeria e museus.Aquilo é grito.Grito de artista.Todo mundo, um dia vai se render a arte...quando perceber que até com comida se pinta um colorido na vida.Arte, é harmonia.Arte, é o que nos proporciona a contemplação serena e instigante que nos faz pensar:-Como pode?-Parar tudo...e com batata, quiabo e feijão, no chão, escrever amor?TUDO deve ter amor....até na tristeza pela incerteza da vida.Não adianta fugir.Nós temos fome.Fome de arte, de amor e de harmonia.Um dia vamos desaparecer da matéria.Por essas e outras, eu pinto e celebro as desimportâncias.Vivi Ame...Viviane Mendes
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