segunda-feira, 20 de maio de 2019

Tem horas que eu fico pensando que a gente é tudo besta. A gente fica aqui no face olhando a vida dozotro. Que propósito tem isso? Tem dias que eu me questiono muito... O feed de notícias é uma praça pública. A gente desfila para chamar a atenção, mostrar a roupa nova, paquerar, compartilhar alguma boa ideia e até desabafar. Tem hora que eu acho tão estranho esse negócio...e pior, eu deixei me pegar. São nossos interesses privados expostos numa avenida de mão dupla. Esse trem é viciante...e a vida inteligente que existe dentro de mim, fica martelando: Como? Porquê? Eu fico abismada com as pessoas e comigo mesma. Eu vivia sem face...só tenho 2 anos de rede social. Eu me consolo dizendo para mim mesma: O mundo mudou, hoje é raro a pessoa bater aqui para ver os quadros, ela me pede as fotos das obras disponíveis. Eu vendi quadros por aqui, na comodidade desse teclado. Achei cachorro e dono de cachorro perdido... Em alguns momentos encontrei postagem que eram as palavrinhas mágicas que eu precisava ouvir. Mas...por qual motivo eu escrevo? Fico pensando...será que interessa a alguém? Além de mim mesma? Pensamentos, devaneios, conjecturas de uma artista... Ficar aqui, compartilhando minhas impressões e ''achismos'' da vida. Será que serve para alguém? Talvez meus textos sirvam de companhia para quem pensa igual, ou sirva de reflexão para quem sinta muito diferente. Mas...de tudo...de tudo, o que importa é SENTIR. E esse sentir é uma ponte invisível que nos liga. A gente pode sentir escondido dentro de uma trincheira, protegido de julgamentos, de críticas e de inveja. Essa trincheira muitas vezes é um fake. Tem gente que tem a pachorra de ler todos meus textos e nunca apertar o botão de curtir, pra num me dá moral. Ou pra disfarçar, e não demonstrar que perde tempo com facebook. Mas...dentro da trincheira a gente fica encarcerado em si mesmo. Tudo fica maior do que é. A gente hiperdimensiona a batalha. A ponte nos permite seguir, muitas vezes não sabemos o que vamos encontrar do outro lado...mas a vida é um constante seguir em frente. Na trincheira a gente pode não levar tiro, mas esse buraco cavado na terra pode acabar se fechando e morreremos soterrados pela ''proteção''. Sabe aquele papo de que casa limpa demais, sem sujeira, desinfetada pelo álcool, sem pelo de bicho causa enfraquecimento da imunidade? Então? Daí...tenho outra questão: Público só o texto, ou ilustro com uma foto? O apelo visual...o próprio nome diz...''apelo''. Sim...eu rezo, eu rogo, imploro, ajoelho...e apelo se preciso for. Viviane Mendes

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