terça-feira, 14 de maio de 2019

Foi nesse dia que conheci a flor de primavera... Hoje tenho uma enorme na porta de entrada da minha casa. De lá para cá, muita coisa rolou. A primavera ficou. Minha mãe se foi. De tudo, quando penso neste tempo que estive com ela, me sinto grata a TODAS as vezes que em TODA situação ela me ajudava a perceber minha parcela de culpa. Isso foi fundamental para eu me tornar uma adulta consciente e responsável. Eu, desde de pequena sabia que eu não ia ter filhos... Tenho uma saúde uterina perfeita. Porém eu nunca tive vontade de parir. Entretanto, a maternidade sempre esteve em mim. O espírito cuidador, acolhedor sempre se manifestou em relação aos idosos, doentes, carentes, seja humano ou animal. Com ou sem laços sanguíneos compreendi que somos filhos do mesmo criador. Sendo assim a fraternidade sempre foi uma realidade na minha vida. Aprendi a lição da primavera: Olho para cima e vejo suas flores presas aos galhos. Olho para baixo e varro as flores que caíram. A vida é isso...depende do nosso olhar. Tudo se vai e se esvai com o tempo. A essência permanece. Quem nasceu para dar flor, como a primavera, tem seus espinhos. Eles são necessários..............para evitar que roubemos todas suas flores. Minha mãe nunca me mimou...só me ensinou. Acho que é por isso que tenho ojeriza a adultos mimados e imaturos. Eu ainda estranho esse mundo de declarações virtuais para mãe que já é uma folha seca varrida do chão. Eu escrevo porque essa foi minha lição. A mãe que tive vive em mim. Os ensinamentos são as flores que lhes ofereço em formas de palavras. Viviane Mendes, filha da Elenice.

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