Há de se cuidar para não desmerecer a vida.
Em dias comuns, somos desatentos.
Não prestamos atenção no soldado que luta ao nosso lado, não deve estar ferido...concluímos por conveniência.
Caímos em valas que cavamos com nosso pouco caso, e pior, nem percebemos.
Nenhum evento, sem roupa especial, longe de olhares
a nossa vida corre miúda.
Ou na beira do fogão, na beira da estrada, ou, na beira do copo.
De meia e chinelo.
De pijama de algodão.
Algodão é o tecido que quanto mais velho, mais gostoso fica.
O conforto é lei que ninguém ousa discordar.
Sem palco, sem testemunha, sem cabelo arrumado e sem roteiro.
O vestido caro fica preso no armário e dependente de circunstâncias que libere seu alvará.
A vida, aquela que confundimos como existência é definida pelos batimentos cardíacos.
A existência é o merecimento de estar vivo.
Existir é evoluir em atos e palavras.
Existir é perceber sem ninguém precisar mostrar.
Existir é sentir que a dor do outro, a qual julgamos sem nenhum constrangimento, é legítima.
O outro, também existe e não é seu adversário.
Nesses tempos de luta, estar vivo, é uma glória.
Existir, é tão humano, que só pode ser divino.
Vivi Ame...Viviane Mendes
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