sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

VINGANÇA - quem nunca?Quem somos nós, na real?Então...eu sou intensa, visceral, profunda, melancolicamente tonta, rasa nas borda e ácida na poesia.Sou chata, posso se um xarope, ou um purgante.Sou eu, nem boa, nem santa.Sou criança, pego implicância, e gosto de vingança.Sim...não vou mentir.Quem não sente a escória das emoções não esta vivo.Lá nas dobrinhas do intestino, eu bato palmas.Porém, isso é mais grosso que o intestino grosso e mais tosco que o que tem dentro!Eu reconheço.Assumo.Tem várias maneiras de se declarar isso.Tipo: '' Não desejo mal, desejo reciprocidade''Ou: '' A lei do retorno é implacável''''Aqui se faz, aqui se paga''A gente disfarça, ''mais nóis que vê o fiadaputasefudê''.Porém, nóis paga de bão.A gente fala:''Reze pro seu inimigo''Tá bão então... Cêis são tudo bão.Eu sou fia do capiroto.A questão é que a nossa natureza exige um resgate.Estamos em construção.O ideal é olhar para a pessoa ou para a situação com neutralidade.Eu me surpreendo quando consigo.Sinto liberdade.Existem uma infinidade de situações que não vou discorrer aqui.Merecimento, carma, perdão, superação....e por ai vai.A dor é de quem tem.E, minha gente, quem apanha é que lembra, né?Mas, a vida segue.A gente se supera, se cura, lambe as feridas, e de repente percebe que até a cicatriz sumiu.Isso é viver em comunhão com a vida.Permitir naturalmente o esquecimento.Olhar com neutralidade.A vingança é débil.O que acontecer com o outro não deve interferir em nós.Sem mágoas, sem rancores, sem julgamentos, sem animosidades.Penso que a receita para isso é saber com quem estamos lidando....e estou falando de nós mesmos.Não é do outro.A gente só evolui, se a gente souber onde está.Tem momentos que eu vivo transitando dentro do intestino delgado.Penso merda, falo merda e sinto merda.O intestino está dentro de mim, mas eu escolho não viver dentro dele.A neutralidade de uma mente lúcida é o caminho para voar em esferas rarefeitas.Quero morar no meu coração.O caminho está dentro de nós, e cabe a nós escolher onde repousar.Viviane Mendes

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