terça-feira, 9 de fevereiro de 2021
Ontem, 8 de fevereiro foi aniversário da minha mãe.Esse texto é sobre minha herança.Me lembro que sempre que eu contava alguma coisa, ela fazia eu procurar a minha culpa naquilo tudo.Parece que é reforçar uma baixa auto estima.Mas, não.Isso me adestrou.Mãozinha na cabeça, nunca foi o estilo da minha mãe.Ela me queria livre para o mundo.jamais dependente na barra de sua saia.Hoje isso me é translúcido.De repente, eu mudei.Algumas coisas que me serviam, não cabem mais nos meus vazios.Fiquei amiga do vazio.Me sinto plena na solidão e no silêncio.Não é qualquer presença que me abastece.Não é qualquer palavra que me convence.Antes eu não me colocava em algumas situações.Agora isso não acontece mais.Percebi que eu estou sempre comigo.Não sei em que momento isso se deu.O que eu não sei, minha intuição me avisa.Eu me desafiei, e me desafio constantemente.Não pretendo passar a vida tecendo uma manta que não me cobre os pés.Eu prezo pelo conforto de uma mente tranquila.Ideias fixas, comportamentos repetitivos adoecem a alma.Antes eu me subordinava a qualquer conversa.Hoje, eu falo para o mundo.Antes eu estava disponível para os outros.Hoje, eu sou prioridade.Antes, eu ia ler cartas.Hoje, eu corto o baralho.Meu caminho foi pela dor.Atravessei desertos afetivos...sem mapa e sem sinalização.A educação da alma...foi minha herança.Viviane Mendes
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