Encontrei Iemanjá e tomamos um gin.Sentadas, só eu e ela.E...estávamos longe do mar.Não duvidei e nem considerei ser fake.Ela me deu a letra:A honestidade emocional é um perigoso sentimento.MUITO CUIDADO....qando faço uma retrospectiva dos anos vividos percebo como foi determinante dissecar sozinha milimetricamente as emoções, desde a infância. Sempre penso na sabedoria em brecar na curva, diminuindo a velocidade ou acelerar com segurança para não capotar.Acelerei quando o assunto era eu.Brequei todas as vezes que calei para não ferir alguém. Por mais incrível que pareça, hoje eu acho que saber a hora de puxar o freio de mão é o mais corajoso dos atos.A honestidade emocional é perigosa porquê você não se trai.Sim, errei.Muitas vezes.Mas nunca achei desproporcional a altura dos meus tombos.As emoções são como ondas.São influenciadas pelo humor do mar e pelo cio da lua.Tenho cuidado e respeito pelas emoções.Mas...apesar de desajeitada, eu aprendi a surfar nas minhas águas internas.Não duvidei do discurso.Apenas descobri, Iemanjá dentro de mim.Sendo honesta em não me trair nem mergulhando na dor e muito menos regulando o êxtase. Nenhuma desculpa.A língua é uma espada.A boca é uma rosa.A Iemanjá tem silêncio para me fazer ouvir sua voz.A fonte do meu vocabulário não é empréstimo alheio.Vivi Ame...Viviane Mendes.