domingo, 27 de dezembro de 2020
Vamos combinar...Nem só de poesia vive o homem.Eu preciso assistir o cheiro da panela de feijão. O alho e as folhas de louro, gemendo dentro da panela.O aroma vai invadindo a sala.Eu fico em silêncio, assistindo o espetáculo.Daí chove.Sabe uma chuva educada?Daquelas em que os pingos caem reto.Feito chuveiro.Tem chuva que sabe chover.Num faz drama, só chove.A panela de pressão é dramática. Grita e geme alto.Um escândalo de acordar os vizinhos. Mas, eu preciso de algo mais que um poema.Enchi uma caneca com caldo bem quente de feijão. Fui na janela olhar a chuva.Bebi até a chuva me penetrar...e os poros exalar o aroma da panela.Fiz molho de pimenta, só para quebrar o clima.Aprecio a realidade nua e crua.A vida é ardida.Vivi Ame...Viviane Mendes
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