Fiz 25 penas, e vou fazer muitas outras.
Um incêndio em Rondônia.
Que pena!
Pouco ou nada sendo feito.
Tudo queima, e arde.
Mas, é na fogueira das vaidades que a política brasileira planta bananeira.
Aqui na minha terra, teve a presença do grande ídolo, super herói, que veste a capa ''translúcida e segura'' do judiciário.
Fazê o quê?
Cada um com seu escapulário.
Na amazônia, os garimpeiros avançam, como hienas famintas.
O índio está solitário.
O governo quer legalizar o garimpo.
Ninguém fiscaliza.
Poucos ouvem seu hinário.
O legislativo faz sopa de letrinhas.
Mas, cada um com sua fome.
O índio grita e agoniza.
Clama socorro.
O rio está com água contaminada pelo mercúrio.
Está sendo um genocídio legalizado.
Nosso mercúrio está bem guardadinho dentro do termômetro.
No supermercado da esquina, a gente não encontra índio.
...nem na escolinha do filho.
O índio está longe do retrovisor do nosso automóvel.
A gente quer ganhar dinheiro.
Prosperar na vida.
Esse papo de floresta amazônica é coisa de vegano.
Sabe, mermão, meu coração é de índio.
Meu herói veste um belo cocar de penas.
A floresta queima.
Um sinal de fumaça invisível aos olhos.
Cada célula do meu corpo está com a consciência indígena.
Sou pele vermelha.
Minha alma é branca.
Não tenho o sangue azul da realeza.
Minha fortaleza é meu talento.
Com ele luto e represento.
A pena Azul era dada aqueles que protegiam a Aldeia.
Hoje, eu pintei 25 penas.
Todas azul.
Vivi Ame...Viviane Mendes
Nenhum comentário:
Postar um comentário