Bauru, 19 de agosto de 2019
Abro a janela, fecho a janela.
Estou assustada!
Um vento que não venta.
Um frio que não esfria.
Uma chuva que não vem.
Na torneira tem pouca água, sem pressão.
Na geladeira um pepino inteiro e meia batata doce.
A garrafa de vinho, tem menos de meia.
As cores do dia, são cinza claro, cinza médio e cinza escuro.
A única coisa que eu tinha como garantida, era a mensagem do homi do tofu orgânico, avisando que faria a entrega antes das 13 horas.
Falhou.
Disse que nessa semana num vai fazer tofu.
Gente...num sei de mais nada.
Não ia por o pé phárua, mas mudei de ideia.
Devo sair pra caçar um tinto.
A tinta num compensa mexer, num seca.
Mas, vou dar um pega.
E sobre, o tinto, vai ser seco.
E a tinta não depende de mim para secar.
...mas vou trabalhar.
Coisa da mente que grita pro corpo que é segunda feira e que tem que trabalhar.
TEM QUE TRABALHAR!!!
Os bichos, tão tudo dormindo.
A casa tá limpa.
Eu, não ligo a televisão durante a semana, mas hoje, vou assistir novela.
Não posso pintar a tela como eu queria.
Não devo arreganhar a janela como de costume.
Mas...da vida, eu não tinha me acostumado, que ser feliz é isso.
Estar sozinha e feliz.
...numa segunda cor de grafite.
As cores já se consumaram na alma.
Vivi Ame...Viviane Mendes
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