Um jornalista com essa postura: Acabou de acontecer. Ele apertou a campainha e saiu. Apertou com força...muito bem apertado. Fui ver...não era ninguém. Vi um moço alto, bem vestido andando. Pensei: Um moço assim apertando a campainha e saindo correndo? Entrei...ele voltou. Me perguntou sobre alguém do carro tal. Eu perguntei se tinha sido ele que apertou a campainha. ...e falei sobre meu pensamento. Ele mandou o seguinte: "Esse moço bem vestido é jornalista... e eu estou querendo desvendar um acidente que aconteceu aqui na frente...você não viu?'' Como se o fato dele ser jornalista justificasse a atitude. Eu respondi: Não.,,acidente? Ele, irritado com os cachorros latindo, mostrou os cães...balançou a cabeça. Eu disse: Moço, eles estão na casa deles. Enfim, teve outras cositas ... que eu não vou contar...ele entrou no carro de reportagem e zarpou. Pensei se eu ia escrever sobre isso...principalmente porque li hoje num horóscopo que ''hoje é um dia para entrar mudo e sair calado''. Por esse motivo não vou detalhar mais a postura do tal jornalista. A questão é: Ontem por volta das 18 horas eu estava em casa e se aconteceu algum acidente na frente da minha casa eu acho que estava dando uma voltinha pela constelação das Plêiades. Sentei para escrever extremamente irritada com esse moço. Escolhendo a dedo as palavras e me abstendo de meus julgamentos... A arrogância extrema, a irritação latente, o cinismo absurdo, a falta de tudo, que eu imagino que um jornalista deve ter, me deixaram perplexa. Principalmente comunicar uma notícia. Até isso ele comunicou equivocadamente. Eu não sei quem era esse moço...e não tenho interesse em saber. Eu me acalmei desse tropeço matutino. Agora para mim, eu não penso nele como um jornalista e sim um ser humano. Eu não sei o que aconteceu...que acidente é esse. Seu ''moço-jornalista'' não sei porque você estava do jeito que eu te vi, agora a pouco. Talvez tenha morrido alguém nesse acidente, um parente seu...talvez. Você pode estar com sérios problemas...muito maiores que o meu. Seu ''moço alto e bem vestido'', eu não sei o que habita no seu Universo... Eu ''quase'' peguei a tua carga. Era visível que o teu ''fardo invisível'' precisava ser dividido com alguém. Eu te peço perdão por todos meus julgamentos. Olhando para você, eu pensei que eu poderia ter as mesmas atitudes se eu estivesse com um problema aflitivo e angustiante para resolver. Se for isso, desculpa eu não ter dado meu melhor para você. Mas, ''moço'' se não for nada disso. Se você realmente for o que você se mostrou para mim...com seu bom dia cínico. Com todo respeito: Vaitomanocu...e aprende a falar com as pessoas. Viviane Mendes