segunda-feira, 29 de abril de 2019
...a gente não repara em quem está no chão, a gente repara em quem escorrega. O discernimento entre o ser e o estar é primordial. A gente julga as pessoas por estarem agressivas... Por estarem repetitivas... Por estarem carentes... E somos julgados da mesma maneira...por demonstrarmos nosso estado de ''estar''. Engolimos nosso cotidiano alardeando ou não nossas dores. Quem tem o hábito diário de escarrar, vomitar e cuspir suas ''mazelas'' é tão identificado com o estar que o drama vira um bichinho de estimação, a pessoa alimenta, faz carinho, afinal de contas se ganha muita simpatia na fantasia do coitado, do abandonado, do carente. O drama sempre abastecendo o ego. O estar é uma sala de estar ilusória. O estar apaixonado, o estar com corpo belo,o estar com as contas em ordem, o estar isso ou o estar aquilo. O estar é uma eternidade e uma verdade efêmera. Se manter em cima do salto alto do Ser, dá trabalho...exige destreza, soberania e lucidez para não alimentar nenhum bichinho de estimação que não tenha focinho e patas. Quem esta sempre focado no ser não atrai muito a simpatia alheia, e quando por um milésimo de segundo se desequilibra desse salto alto...tropica e cai na ''salinha do estar'', se espatifa no chão. Todo mundo repara...pois escorregou. A gente não repara em quem esta no chão, a gente repara em quem escorrega. Penso que viver é isso...uma luta entre o ser e o estar. São dois times adversários. Eles não podem co-existir no mesmo espaço Pois quem é não pode estar. E quem está esquece que é. O SER é real. O sofrimento vem da identificação com o ESTAR. A serenidade vem da identificação com o SER. O estar é um barco a deriva. O ser é um porto seguro. Embora não percebamos...todos nós queremos um porto seguro. Mas, às vezes é necessário ''pular desse barquinho medíocre'' criado pela nossa mente e ir a nado. Enfrentar água gelada, tubarão, piranha, correnteza. Duro né? O barquinho parece mais seguro............. Sem mais. Viviane Mendes.
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