quarta-feira, 3 de abril de 2019

Esse é o carrinho de recicláveis do Seu Domingos. Eu ia fotografar ele...mas fiqueu com vergonha de pedir...e pior de explicar meus porquês. O texto me veio na mente com uma velocidade de psicografia e a poesia era descabida. Nessa rua desfilava um homem solitário ostentando o material arrecadado. Um armário de ferro enorme...talvez aço. E na rabeira uma bolsinha de também de metal...minúscula. Um retrato dos contrastes... O armário preenchia todo carrinho...e fazia Seu Domingos parar para tomar fôlego. A bolsinha ia balançando no ar...levinha. Os dois eram motivos de orgulho para ele. Seu Domingos me falou que ia vender para arrecadar um dinheiro. ...a bolsinha dourada ele achou bonitinha e pegou do lixo. Ela brilhava como um sol iluminando a aspereza e a dureza da vida. E tanto a bolsa como o armário servem para guardar coisas... Inclusive o carrinho do Seu Domingos....carregavas as coisas de guardarem as coisas. E eu guardei no olhar: Os contrastes ...de tudo que eu via.

Nenhum comentário:

Postar um comentário