terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

VINGANÇA - quem nunca?
Quem somos nós, na real?
Então...eu sou intensa, visceral, profunda, melancolicamente tonta, rasa nas borda e ácida na poesia.
Sou chata, posso se um xarope, ou um purgante.
Sou eu, nem boa, nem santa.
Sou criança, pego implicância, e gosto de vingança.
Sim...não vou mentir.
Quem não sente a escória das emoções não esta vivo.
Lá nas dobrinhas do intestino, eu bato palmas.
Porém, isso é mais grosso que o intestino grosso e mais tosco que o que tem dentro!
Eu reconheço.
Assumo.
Tem várias maneiras de se declarar isso.
Tipo: '' Não desejo mal, desejo reciprocidade''
Ou: '' A lei do retorno é implacável''
''Aqui se faz, aqui se paga''
A gente disfarça, ''mais nóis que vê o fiadaputasefudê''.
Porém, nóis paga de bão.
A gente fala:
''Reze pro seu inimigo''
Tá bão então...
Cêis são tudo bão.
Eu sou fia do capiroto.
A questão é que a nossa natureza exige um resgate.
Estamos em construção.
O ideal é olhar para a pessoa ou para a situação com neutralidade.
Eu me surpreendo quando consigo.
Sinto liberdade.
Existem uma infinidade de situações que não vou discorrer aqui.
Merecimento, carma, perdão, superação....e por ai vai.
A dor é de quem tem.
E, minha gente, quem apanha é que lembra, né?
Mas, a vida segue.
A gente se supera, se cura, lambe as feridas, e de repente percebe que até a cicatriz sumiu.
Isso é viver em comunhão com a vida.
Permitir naturalmente o esquecimento.
Olhar com neutralidade.
A vingança é débil.
O que acontecer com o outro não deve interferir em nós.
Sem mágoas, sem rancores, sem julgamentos, sem animosidades.
Penso que a receita para isso é saber com quem estamos lidando.
...e estou falando de nós mesmos.
Não é do outro.
A gente só evolui, se a gente souber onde está.
Tem momentos que eu vivo transitando dentro do intestino delgado.
Penso merda, falo merda e sinto merda.
O intestino está dentro de mim, mas eu escolho não viver dentro dele.
A neutralidade de uma mente lúcida é o caminho para voar em esferas rarefeitas.
Quero morar no meu coração.
O caminho está dentro de nós, e cabe a nós escolher onde repousar.
Viviane Mendes

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