Dedico esse texto a todos protetores:
Eu não sei como as pessoas conseguem escrever as seguintes palavras:
''Ajudem, cuidem, socorram, façam...''
E ela própria não faz nada.
Penso que podemos nos unir para fazer...mas escrever mandando os outros fazerem me soa tão desconfortável.
Fazer, cuidar, socorrer, acudir...são palavras soltas na boca de quem não se compromete.
Ajudar uma pessoa ou um animal tem consequências.
A palavra solta é uma pipa voando perdida com a linha arrebentada.
Para mudar o destino de alguém, é preciso ter mãos de aço e segurar a linha que prende a pipa.
As consequências financeiras, emocionais e cármicas do ato de socorrer é um preço que os generosos de alma não computam no saldo da vida corrente.
A compaixão precede o pensamento.
A atitude precede a fala.
O querer fazer precede o mandar fazer.
E só pode aquele que está repleto de si mesmo.
Por esse motivo, o serviço está nas mãos de poucos.
São sempre os mesmos...fazendo, acudindo e socorrendo.
Eu admiro essa gente...que não desiste e segue em frente.
Viviane Mendes