quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Quarta feira de cinzas:
...é aquele dia que começa depois do meio dia.
As cinzas, convidam a reflexão:
Seremos pó.
Um dia toda purpurina, plumas e adereços vão pro beleléu.
Nessa constatação, pensamos nas separações.
Almejamos as constelações.
Enterramos nossos mortos.
E...voluntariamente nos separamos de pessoas vivas.
O que fica?
A sujeira deixada na avenida ou a memória do que vivenciamos assistindo nosso desfile?
A realidade é que só sentimos falta daquilo que temos, ou da ilusão daquilo que temos.
Quando não temos e temos a consciência disso, não existe falta, não existe dor, não existe saudade.
Sendo assim, nessa passarela chamada VIDA, é sempre bom estarmos conscientes.
Nunca sabemos se vamos ganhar ou perder.
Não temos a visão do todo.
Vemos fragmentos do passado, algumas fantasias rasgadas, o samba enredo vai embalando nossas crenças e vaidades.
O que fica é o coração limpo.
Um coração sem maquiagem, sem vaidades espirituais...
O que fica é um coração que se entrega para o samba silencioso que reverbera na alma.
Um coração de cara lavada.
Um coração que sabe que a vida sempre acontece longe dos binóculos que insistimos em usar para aumentar o foco do que nos convém.
Muitas vezes entre sentimentos, fatos e argumentos não tem mestre sala e porta bandeira.
Quem vai carregar qual bandeira?
...........tem tantas, né?
Cada um segura a que lhe cabe.
Viviane Mendes

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