quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Em 2016:
A água foi morro acima.
O fogo foi morro abaixo.
A muié que queria...foi segurada.
Os escombros não impediram a enxurrada.
As nuvens não soterraram o céu.
Os vacas voaram.
A onça bebeu gim.
Conheci a cor do buraco da cerca.
Experimentei o gosto da casquinha de parede.
Escapei do espeto.
Cai na brasa.
Fugi do carnaval.
Desfiliei do partido.
Com o coração partido fiz dobradinha.
Com alma enxaguada fiz cara lavada.
Com os cacos fiz mosaico.
Com os retalhos uma fantasia.
Eu desfilo na régua.
Sem trégua, aqui estou nessa passarela.
Viviane Mendes

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