sábado, 29 de dezembro de 2018

As coisas estão sempre em movimento.
Uma hora a gente gosta de um tipo de roupa, depois enjoa.
Eu mesma...ano passado usei e abusei do batom vermelho.
Tive a fase da sombra verde.
O rímel azul, pode ser over, mas não resisto.
Isto serve para tudo...pessoas, sentimentos e relações.
Sabe...as vezes quebra o encanto.
E...por debaixo do manto, sem a maquiagem da ilusão,
sem a falácia da paixão a gente se depara com a verdade.
Saias longas são um perigo.
A distância entre o hippie chic e o hipongo é curta.
Para mim, hiponguice tem limite.
Relações idem.
Entre a admiração e a desconsideração existe a expectativa.
A famigerada expectativa de que tudo saia da maneira que planejamos.
E as coisas não são nossas subordinadas, muito menos as pessoas.
Queremos usar um tomara que caia, porém os peitos não permitem.
Queremos que as pessoas tenham reações previsíveis, mas elas nos surpreendem pois somos todos seres falíveis.
A linha entre o que se pretende e o que é , é tênue.
Eu costumo dizer que entre a gostosa e o bucho, são dois quilos.
Em tudo há de se considerar uma infinidade de fatores.
Depois que a verdade chega, a estrada da liberdade nos convida a decidir qual roupa nos cai bem.
Qual livro ler no momento que todo mundo está no netflix.
Com quem dividir a mesa.
Com quem comungar a cama...
A verdade é que buscamos prazer e conforto.
Nas roupas, nas pessoas...e nos sentimentos.
Almejamos encontrar a paz.
A paz nos refaz...nos permite dormir e sonhar.
Sabe quando a gente se monta no salto, se espreme num espartilho, pinta o rosto...passa perfume e sai ?
E...quando chega em casa, desce dessa alegoria, e pensa:
Putz...desperdicei meu perfume.
E...agora vou ter que gastar demaquilante pra tirar esse rímel preto.
Quem nunca, né? E aquele pensamento:
Devia ter ficado em casa com o pijama velho, furado, porém macio de tanto que já foi surrado na máquina de lavar.
E, digo mais:
Tem momentos que a gente está tão bem por dentro que a gente fica linda nesse visual ''em casa''.
Então...é simples.
Eu quero ficar onde minha alma se sinta confortável.
...mesmo que seja sob minha própria pele.
Viviane Mendes

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