Não faço questão de ter a palavra final.
Que Deus me livre desse mal.
Ser aquele que retruca todo e qualquer sentir alheio.
Parece o Diabo dando seus pitacos.
Tenho pavor de me enveredar pelo caminho da reação.
Meu mundo, meus olhos, meu sentir e meu agir.
Tudo meu.
Isso termina com ponto final.
Daí entra o outro voando pela janela.
Com todo agir, não age.
Apenas reage.
Retruca.
Quer ter a última palavra?
Eu, dou, facilmente.
Que a última palavra lhe acompanhe até o túmulo.
O que me interessa é o meio.
Nele eu me movo, em vida.
O fígado intoxica a razão.
Quer a última palavra?
Dou de graça no portão.
Não me custa.
Não empobrece meu coração.
Peque e faça sua última palavra ser seu mantra, seu pódio, seu cargo, seu samba ou seu leito.
Se cubra com ela, feito coberta.
Daí vem a vida com sua ventania.
O resto, não é segredo para ninguém.
O mundo gira.
Achamos tão seguro a palavra final, que sentamos nela, feito criança na roda gigante.
O mundo tem uma velocidade estonteante.
Eu, tomo cuidado, com uma fatia de laranja e duas pedrinhas de gelo.
Vivi Ame...Viviane Mendes
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