Coisa minha, liga não.
Num gosto de deixar ponta solta.
Comigo tem que ser bem alinhavado.
O ciclo, começo, meio e fim é muito importante.
Dá paz na gente concluir as coisas.
Aliás acho que, isso poderia ser uma definição do viver.
Ir fazendo a costura dos dias, com um bom arremate no verso do tecido.
...e com o verbo em dia.
Falar o que tem que ser dito.
Fazer o que tem que ser feito.
Entre uma coisa e outra um café.
Ou uma cachaça.
Um punhado de amendoim.
Eu ando meio exigente com os tecidos.
Num suporto pano sintético, sem caimento.
Desses, dou embora.
E num compro nunca mais.
Estou tão seda pura.
Algodão egípcio.
Mas para ir pra cama, aceito um liganet , aquele tecido geladinho.
Mas não qualquer um.
Depende da cor e do modelo.
Junto da pele, o tecido tem que me trazer prazer.
Junto do corpo, quero conforto.
Junto da alma, quero meu coração, nu e em paz.
Já me é difícil enfiar a linha na agulha.
Meter os pés pelas mãos é tombo certo.
O que me resta, é andar na linha.
...parecendo moça direita.
Com simpatia pela esquerda.
Moça direita é tão chata.
Tão sonsa.
Tão previsível.
Quer agradar a família, Deus e a Pátria.
Pensando bem, nem na linha vou andar.
Quero agradar só meu coração.
Tá de bom tamanho.
Acho justo.
Vivi Ame...Viviane Mendes
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