quinta-feira, 11 de julho de 2019

De tudo, estou atenta para a manutenção das coisas. Andei fuçando nas gavetas... Encontro um B.O. dazantiga duma batida de carro de 2002 Me surpreendo com uma carta carinhosa escrita poruma amiga quando ainda era amiga. Não é fácil separar um boletim de ocorrência de uma declaração de amor. No meio disso tem cobras e lagartos...desarquivados da memória, que outrora eram glória. Rasgar ozipevea pago que já deviam ter ido pro lixo. Seguros que não seguram mas nem o papel que foram impressos, tão lá dentro da gaveta. E os biquinis que a agente olha e sabe que never more. Revirar documentos obsoletos...e encontrar contratos caducos. Separar a roupa que usou uma vez, daquela que não se usou, mas que ficou ali no talvez...e juntou pó. E os cremes ganhos de presente, que a gente experimentou e esqueceu??? O vidro do esmalte endureceu, será que acetona ressuscita? Coisa esquisita é restinho de sabonete, presta pra nada. Pasta de dente, tem 5 começada. Nesta toada, a vida segue meio abobalhada. Restinho de xampoo a gente guarda mesmo que pra nunca mais usar. Até que cansa de mudar ele pra lá e pra cá...corta a embalagem e dá banho no cachorro, quem nunca? O jeans tá apertado, mas a esperança esta solta. Quem sabe um dia veste? E azbota que eu deixei nos trinques??? Gastei uma grana no sapateiro... e o frio me boicotou. Estou com um problema com batom...parece que nenhum fica bom nimim. A tal manutenção da vida que a gente leva, vai levando a gente...junto com restinhos de pessoas, amizades empoeiradas, relações vencidas....e uma velha oração decorada duma vida que muitas vezes segue desajeitada. A manutenção: ....tem o intuito de reparar ou repor algo que está estragado ou que não funciona corretamente, consertando para que volte a desenvolver a função requerida inicialmente. Trabalho árduo...a gente se acostuma com coisas quebradas e sem utilidade, né? Viviane Mendes

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