segunda-feira, 10 de setembro de 2018
Perguntaram minha religião. Sei que vou decepcionar alguns... Não sei rezar. Não sei meditar. Nem sei quem é Deus. Repetir mantras me dá nervoso. Sinto como se Deus fosse surdo. Eu falo em alto e bom tom, apenas uma vez. Se meu pedido tiver que ser atendido, bom. Se não for, já estou crescidinha para entender que não posso ter tudo que quero. Para mim, orar e vigiar não significa uma pausa, num momento que tenho um tempinho disponível para o criador. A minha vida deve ser uma oração. Em todas as circunstâncias. Com verdade, humildade e principalmente: Percepção do outro. Sinto muitos sentimentos ruins...raiva, mágoa, decepção...e mais um monte de coisa. Porém, vivo a autenticidade dessas emoções. Tudo que escrevo são vivencias e percepções minhas. Se você me questionar sobre alguma frase, sou capaz de disseca-la inteirinha para você. Não sigo nenhum mestre. Nenhuma religião. Ultimamente tenho percebido a presença divina nos que não acreditam em Deus. Estes não falam nada, apenas agem. Não repetem frases feitas por mestres. Não ficam orando por horas. Essas pessoas apenas estão disponíveis o tempo todo para agir,socorrer, amparar o outro. A vaidade religiosa é a pior das vaidades humanas. Enquanto uns rezam, outros fazem. Como perceber Deus, se não percebemos ''o próximo''? Quanto mais tempo ficamos focados na cura de nós mesmos, mais aumenta a necessidade de cura. Quando esquecemos de nós, paramos de nos dar atenção, de alimentar nosso ''ego de estimação'', tiramos o foco desse Eu- autocentrado e vaidoso...a cura vem sem fazer alarde. Viviane Mendes
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