quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Amar é deixar partir.
Aprendi isso quando eu tinha 5 anos de idade e doei minha única cachorrinha para uma pessoa que poderia cuidar melhor do que eu.
Hoje, 40 anos depois eu me amparei na criança corajosa que eu fui.
Amei esse cachorro desde o primeiro momento que o vi desnorteado entre os carros.
Tive momentos complicados, mas uma certeza eu tinha:
Falei para ele:
- Grandão, eu quero poder te assegurar que nada vai te faltar nessa vida.
-Até eu arrumar um lar para você, se alguém tiver que sofrer, que seja eu.
Este caso é cheio de detalhes... que não vem ao caso aqui, mas, ficou uma coisa:
Ele estará protegido enquanto viver.
Fazer o bem e acolher o próximo é o mais perto de Cristo que eu consigo estar.
Ele foi...seguiu seu destino.
Sabia que eu não conseguiria poupa-lo de minhas lágrimas.
Foi com uma pedrinha de quartzo rosa na coleira.
Amor eterno...
Gratidão ao Universo por me fazer de instrumento.
Vir ao mundo e não servir, não tem graça para mim.
Meu amor, meu grandão foi embora com um dono que tem pedigree na alma.
O resto...é resto.
Ainda bem que não decepcionei a criança corajosa que eu fui.
Sigamos.....

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