segunda-feira, 20 de julho de 2020
São 5 dedos com unha bem curta, sem esmalte.São eles que estão digitando agora, são eles que seguram o pincel, são eles que levam o alimento na minha boca, são eles que enxugam minhas lágrimas, são eles, meus 5 dedos da mão direita que se unem com os outros 5 dedos da mão esquerda e fazem a oração.Minha mão direita, é minha melhor amiga.Malemá a gente é amigo da gente.Desculpae, mas não temos maturidade nem para ser amigo da água que bebemos e nem na terra que pisamos.Nossas relações afetivas as quais chamamos de amizade, algumas vezes...foge que é cilada.Para ser amigo de alguém, penso ser necessário amar esse alguém quando nossas expectativas não são correspondidas.Hoje, eu acho que só se é amigo de alguém se aceitarmos com legitimidade o mundo do outro, o momento do outro, o silêncio do outro. E...com naturalidade, sem romantismo infantil, respeitar a distância que muitas vezes o outro precisa.Acho possível ter boas amizades entre almas maduras....entre almas amadurecidas, o amor e a amizade se fundem.De longe, na risada, no vinho, nas pequenas falcatruas cotidianas, somos lindas crianças.Inocentes crianças...De perto, no choro, no soro, nas grandes verdades da alma, somos humanos.Terrivelmente humanos... Amizade é lealdade que fica.O tempo muda nossa cara, lapida nossa alma, o tempo...nos revela, principalmente na presença do outro.Nas adversidades, nossa lealdade se apresenta sem filtro.Somos, com algumas raras exceções, um grande jardim da infância cheio de crianças feridas em suas expectativas, desajustadas e mimadas.Vivi Ame, Viviane Mendes
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