terça-feira, 14 de julho de 2020
Em alguns momentos eu penso em parar de escrever.Acho o mundo poluído demais.Muitas mentes gritando.O ar não é puro.Os painéis publicitários são horríveis.A poluição visual e sonora é agressiva.A água, a comida, a política estão tudo contaminados por metais pesados.O arsênico está na ponta da língua.O mundo precisa de uma terapia de quelação.Escrevo pelo coração....se não, seria mais uma contaminando e ferindo o planeta.Escrevo porque ainda vejo razão....mesmo sem saber qual será a solução.Nas rimas, não quero fazer da vida uma partida.Não tenho sangue pra competição....quero fazer partitura.Mesmo que eu não conheça as notas musicais.Quero a fraternidade, em qualquer idade, em toda cor e em todo gênero.Quero a igualdade de raças, de privilégios, de credos.Quero a liberdade.A liberdade para olhar para esse mundo feio e escolher em qual galho pousar.Quero ser exemplo de voo.Apesar das asas fraturadas....ainda escrevo.Escrevo essa música libertária que voa da minha alma, sem grades, na esperança de perder o medo de altura.Talvez, seja essa a partitura.Deixar vazar a alma e permanecer aqui.Existir na matéria, na terra e a existência não ser a sentença.O SER pode cantar.E essa música muitas vezes não toca aqui....então, ainda escrevo.Escrevo para dividir o pouco que tenho.Vivi Ame...Viviane Mendes
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