sábado, 24 de novembro de 2018

Sobre ontem...............
Tava pensando na fala.
Sim...o ato de falar.
A entonação da voz, o assunto, o olhar, as vírgulas e os pontos finais.
O saber se expressar, narrando uma dor.
Como isso é revelador.
Gosto de conversas profundas em que o interlocutor desnuda alma.
Sem preocupação de julgamentos.
Sem filtro.
Sem hora para acabar.
Gosto de gente que enxerga a gente, que não dispersa o olhar.
Gosto de molhar as palavras com a bebida.
Sem embriagues alcoólica.
Gosto de gente que vive.
Gente que demonstra interesse no universo alheio.
Gente que pergunta não para bisbilhotar, mas para se aproximar.
Eu sinto a fragilidade do eloquente.
Percebo a força e a verdade de quem se expressa com o coração.
Em uma conversa a mente deve descansar...
As palavras devem brotar do peito, sem ensaio, sem esboço, apenas permitindo uma troca de pontos de vista, de vivências e de um real interesse no mundo do outro.
Sim, a fala deve ter bons costumes.
Deve ter moral e dignidade.
A boca suja que solta palavrões, que xinga é mais pura do que aquela que ensaia um discurso com gramática impecável.
Discurso vazio que só convence aquele que fala.
Tem gente que não fala para o outro, fala para si mesmo.
A fala revela.
Demonstra respeito.
As palavras podem ser bonitas, porém é nas entrelinhas do discurso que a gente se entrega.
A fala, fala alto e em bom tom.
Falar não é um alinhamento de palavras.
Falar é energia, sintonia, vibração e frequência.
Viviane Mendes

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