quinta-feira, 16 de agosto de 2018

O poder do pensamento e o meu dedo quebrado:
Aconteceu um dia...cheguei em casa com as compras do mercado...fechei a porta do carro com o meu dedo junto.
A dor que senti entorpeceu qualquer lucidez que me restava.
Eu estava sozinha.
Não conseguia articular os pensamentos...não tinha força para pedir ajuda.
Não liguei para ninguém.
Não chorei.
Não fui na esquina pegar um táxi para o hospital.
Era eu comigo mesma.
Sentei e fiquei olhando para meu dedo.
Que dor era aquela que me paralisava?
Eu perdi o controle de meus atos.
Mas...eu tinha a mente.
A mente comanda tudo.
Era a hora de praticar...
Eu lembrava dos 350 livros que eu tinha lido...
Mentalizava que eu não era meu dedo.
Mentalizava uma luz verde de cura.
A frustração tomava conta de mim.
NADA adiantava.
A dor me consumia.
Parti pra ignorância:
Só pensava que o que eu mais queria no mundo, era uma injeção de xilocaína no dedo...e'' paunocú dos livro tudo''.
A mente é o ''caráleo'' nessas horas.
Dor...dor e dor.
Eis que por acaso meu irmão chega.
Eu olhei para ele e comecei a chorar...
E...mostrei o dedo e a porta do carro.
Eu não conseguia falar...perdi o vocabulário.
Só existia DOR.
Ele me levou numa clínica, veio o diagnóstico:
- ''Moça, cê quebrou e quebrou feio...esmigalhou os ossinho do dedo''...
Nesse dia eu aprendi que o poder do pensamento tem um nome e sobrenome:
''Morfina da Silva Sauro''.
...e a dor é de quem tem.
Seja ela física ou emocional...

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