domingo, 15 de agosto de 2021

Ontem foi dia duma cirurgia espiritual numa vira lata minha.
Feito a distância, horário marcado:
21 horas
Eu deveria rezar 3 Pai Nosso.

No meio disso tudo, me vi.

O meu sagrado feminino não cabe no meu útero,  nem na lua, muito menos na vela acesa.
Meu sagrado feminino está na água que botei pra ferver para fazer o macarrão. 

Está na televisão que eu liguei e na sensação que eu tive ao ouvir o Bonner dando notícia do Haiti. 

Meu sagrado feminino está no gole gordo que eu dei no copo de cerveja do marido e no murmurar baixinho ...ôôô cerveja boa!!!

Rezei olhando para o fogão. 
Cuidando do macarrão. 
Desculpa a rima forçada...mas com gratidão!

Meu sagrado feminino, fala pela minha boca.
Meu sagrado, em todo e qualquer ato.

...o marido, perguntou baixinho:
-Que horas que a Santa vem?

Respondi:
- Ela não vem.

ELA ESTÁ. 

Meu sagrado feminino, não depende de grupos, de rituais, meu sagrado feminino não se manifesta na sensualidade, nem na santidade.

Meu sagrado feminino é um sacramento.
Está presente em todo comportamento. 

Da cirurgia espiritual, até o meio comprimido escondido no meio duma bola de patê da wiskas.

Todo e qualquer ato eu trato como uma semente.
E planto.
Planto como diz a oração:
"Seja feita vossa vontade, assim na terra como no céu"

Vivi Ame...Viviane Mendes

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