quinta-feira, 29 de abril de 2021
...a gente não repara em quem está no chão, a gente repara em quem escorrega.O discernimento entre o ser e o estar é primordial.A gente julga as pessoas por estarem agressivas...Por estarem repetitivas...Por estarem carentes...E somos julgados da mesma maneira...por demonstrarmos nosso estado de ''estar''.Engolimos nosso cotidiano alardeando ou não nossas dores.Quem tem o hábito diário de escarrar, vomitar e cuspir suas ''mazelas'' é tão identificado com o estar que o drama vira um bichinho de estimação, a pessoa alimenta, faz carinho, afinal de contas se ganha muita simpatia na fantasia do coitado, do abandonado, do carente.O drama sempre abastecendo o ego.O estar é uma sala de estar ilusória.O estar apaixonado, o estar com corpo belo,o estar com as contas em ordem, o estar isso ou o estar aquilo.O estar é uma eternidade e uma verdade efêmera.Se manter em cima do salto alto do Ser, dá trabalho...exige destreza, soberania e lucidez para não alimentar nenhum bichinho de estimação que não tenha focinho e patas.Quem esta sempre focado no ser não atrai muito a simpatia alheia, e quando por um milésimo de segundo se desequilibra desse salto alto...tropica e cai na ''salinha do estar'', se espatifa no chão.Todo mundo repara...pois escorregou.A gente não repara em quem esta no chão, a gente repara em quem escorrega.Penso que viver é isso...uma luta entre o ser e o estar.São dois times adversários.Eles não podem co-existir no mesmo espaçoPois quem é não pode estar.E quem está esquece que é.O SER é real.O sofrimento vem da identificação com o ESTAR.A serenidade vem da identificação com o SER.O estar é um barco a deriva.O ser é um porto seguro.Embora não percebamos...todos nós queremos um porto seguro.Mas, às vezes é necessário ''pular desse barquinho medíocre'' criado pela nossa mente e ir a nado.Enfrentar água gelada, tubarão, piranha, correnteza.Duro né?O barquinho parece mais seguro.............Sem mais.Viviane Mendes.
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