segunda-feira, 9 de julho de 2018


Na realidade, eu não sei o que é bom pra auto estima.
Tenho dúvidas........
Muitas coisas não funcionam para mim.
Mas aceito a legitimidade de fazer as unhas, comprar uma blusinha, fazer um teste para descobrir qual animal seria.
Ou uma terapia anos a fio para endossar o auto conhecer.
Eu, fico á margem das regras da revista Claudia.
Desconfio das dicas sexuais da revista Nova.
Exercícios tantas vezes por semana e comer de 3 em 3 horas não convence a inteligência emocional do meu corpo.
Não me prendo na rabeira dos best sellers de auto ajuda da modinha.
Não me encaixo nas 10 mais, nem nas 10 menos.
Porém, sou capaz de sentir uma certa invejinha de quem acha que investir nisso é o único caminho para conservar a tal auto estima.
Independente do preço de tratamentos para injetar, subtrair e fazer esculturas corporais o sucesso é garantido.
Pagou, levou.
Delícia, né?
Estranhamente, quanto menos me olho, mais fico em mim.
Essa certa indiferença a mim é quase uma sentença:
''Cadê minha turma, meu bando, minha tribo???''
Não tem.
Não estão na esquina me esperando prum rolê.
Sou eu me virando do avesso comigo ou sem migo.
Me sinto sem maquiagem... e nenhum prime que feche meus poros tapará os buracos da negligência ao outro.
Não tem rímel disponível no mercado que alongue meus cílios o tanto que necessito.
E nenhum batom mate me deixa com a boca bonita.
Preciso estar com um sorriso disponível.
Olho para minha alma procurando não falhar na minha humanidade.
Acredito que a baixa auto estima pode ser curativa em algumas situações.
Por várias situações fui tontinha, burrinha, palerma, grosseira, já fui arrogante, já fui complexada.
E vamos admitir:
Temos muita feiura na vida.
E o que nos torna um fracasso é a indiferença com o outro.

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