quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Fiz 25 penas, e vou fazer muitas outras.Um incêndio em Rondônia.Que pena!Pouco ou nada sendo feito.Tudo queima, e arde.Mas, é na fogueira das vaidades que a política brasileira planta bananeira.Aqui na minha terra, teve a presença do grande ídolo, super herói, que veste a capa ''translúcida e segura'' do judiciário.Fazê o quê?Cada um com seu escapulário.Na amazônia, os garimpeiros avançam, como hienas famintas.O índio está solitário.O governo quer legalizar o garimpo.Ninguém fiscaliza.Poucos ouvem seu hinário.O legislativo faz sopa de letrinhas.Mas, cada um com sua fome.O índio grita e agoniza.Clama socorro.O rio está com água contaminada pelo mercúrio.Está sendo um genocídio legalizado.Nosso mercúrio está bem guardadinho dentro do termômetro.No supermercado da esquina, a gente não encontra índio....nem na escolinha do filho.O índio está longe do retrovisor do nosso automóvel.A gente quer ganhar dinheiro.Prosperar na vida.Esse papo de floresta amazônica é coisa de vegano.Sabe, mermão, meu coração é de índio.Meu herói veste um belo cocar de penas.A floresta queima.Um sinal de fumaça invisível aos olhos.Cada célula do meu corpo está com a consciência indígena. Sou pele vermelha.Minha alma é branca.Não tenho o sangue azul da realeza.Minha fortaleza é meu talento.Com ele luto e represento.A pena Azul era dada aqueles que protegiam a Aldeia.Hoje, eu pintei 25 penas.Todas azul.Vivi Ame...Viviane Mendes

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