domingo, 16 de agosto de 2020
Enxergou a âncora?Eu prendi uma âncora no rabo da sereia.Quero falar sobre onde jogamos nossas âncoras.Ela serve para prender, fixar, não deixar a embarcação a deriva.Um símbolo forte de segurança e apego ao mesmo tempo.Onde e em quem estamos ancorados?Algumas vezes esta âncora vela o passado.E o passado não nos leva rumo ao sol.O por do sol forma um tapete dourado sobre o mar.E é por ele que devemos navegar.Rumo a luz.Meus amigos, o mais difícil é respeitar o livre arbítrio.O nosso e dos outros. Amar é respeitar a autonomia alheia. Isso dói...pode ser que não estejamos nos planos do outro.Penso nas relações onde o fraco é ancorado no mais forte.E no mais forte que permite a âncora do mais fraco.Os dois são dependentes.Eu quero carregar minha âncora solta...presa a mim mesma.Assim serei fiel a mim.Sendo ancorada e amparada sem pseudo amarras.Tenho pavor de me tornar um estorvo no cais do porto do outro.Com ela solta, eu sigo submergindo no inconsciente.E ciente que me ancoro onde me sinto segura.No amor, na arte, nos animais e na lua.Sendo sereia não tenho a intenção de enlouquecer marinheiros com meu canto....e arrasta-los impiedosamente para dentro do mar.Quero é ensinar a mergulhar.Não é preciso viver no raso...nem na borda e muito menos na periferia.São mergulhos íntimos os mais sedutores.Os contorcionismos da alma que me interessam.Viviane Mendes
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário