quinta-feira, 19 de março de 2020
Quando eu era criança o presente que eu mais ganhava nos amigos secreto da vida era porta-joia.Eu num tinha joia, nem bijuteria.E tinha um monte de caixinha pra guardar o que eu não tinha.Estraguei todas tesouras da minha mãe recortando lata de leite condensado na expectativa de conseguir fazer uns brincos igual eu via nas revistas.Nunca entendi eu ganhar sempre o mesmo presente.Tinha esperança de nos amigos secreto da escola voltar pra casa com uma caixa de bis.Sim...naqueles tempos chocolate bis era presente.Mas, eu tinha cara de quem tinha ''joias'' pra guardar.Hoje me pego crescida, adulta e mais amadurecida, sem nenhuma vontade de comer uma caixa de bis.Descubro o que fiz com minha cabeça:Um porta joia cheio de repartições.Lá eu guardo umas memórias passadas....dessas algumas estão quebradas e desordenadas, feito brinco faltando o par.Mas...guardo nessa caixinha coisas que não são e nunca serão....como um belo colar de ouro, cravejado de esmeraldas e diamantes.E, como a criança que só queria a caixa de bis, me imagino num vestido lindo com o precioso colar no pescoço.Então entendo porque ganhava tanto porta joia....era pra guardar aquilo que nunca vai se usar.E pegar só na imaginação, para em algum momento, retornar a razão.Coisas de emoção e do coração nem sempre tem razão....mas não há de ser em vão.Eis bom exercício para a imaginação.Viviane Mendes
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário