sexta-feira, 20 de março de 2020
Conversa com a japonesa:...uma amiga dazantiga, daquelas que eu num via faiz bem uns sete ano, tentando atualizar o programa:Eu:-Então sabe, no fim eu virei praquelas pessoas uma cachoeira...Eu tava servindo era pra limpar o zoto.Fui me afastando, procurando ficar comigo mesma.Ela, japonesa, mestre em shiatsu, me olhou e mandou:-Viviane, cê virou foi uma caçamba!O nêgo jogava o entulho e ia embora.Olha Viviane, francamente...se a pessoa tem 10 coisa ruim e só 1 boa, você só vê a boa.Pior que é...eu concordei.Interessante como dasveiz a gente romantiza as relações e idealiza a si próprio, né?Olha eu que metida, me achando uma cachoeira...No entanto, em alguns momentos da vida eu num passei duma caçamba amarela, quadrada enferrujada e amassada.Estar disponível o tempo todo, coisa de caçamba.Ouvir calada, coisa de caçamba.Estar disposta a aceitar qualquer conteúdo, coisa de caçamba.Gente, todo mundo quer uma caçamba por perto.Pior que a gente num percebe.Quando a gente se dá conta...já era.Os meridianos do corpo tão entupidos.E, digo mais, caçamba não sente falta de entulho.Mas...quem joga sente falta da caçamba....sente pra caramba.Já pensou em como estão os meridianos do seu corpo?Eu tou desbloqueando tudo, foi mérito meu aceitar o papel de caçamba.Num tem culpado.Aceitei o pouco, achando que era muito.Não me dei conta que existe uma palavra mágica chamada reciprocidade.Me dei pouco valor...Viviane Mendes
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