sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Quarta feira de cinzas:...é aquele dia que começa depois do meio dia.As cinzas, convidam a reflexão:Seremos pó.Um dia toda purpurina, plumas e adereços vão pro beleléu.Nessa constatação, pensamos nas separações.Almejamos as constelações.Enterramos nossos mortos.E...voluntariamente nos separamos de pessoas vivas.O que fica?A sujeira deixada na avenida ou a memória do que vivenciamos assistindo nosso desfile?A realidade é que só sentimos falta daquilo que temos, ou da ilusão daquilo que temos.Quando não temos e temos a consciência disso, não existe falta, não existe dor, não existe saudade.Sendo assim, nessa passarela chamada VIDA, é sempre bom estarmos conscientes.Nunca sabemos se vamos ganhar ou perder.Não temos a visão do todo.Vemos fragmentos do passado, algumas fantasias rasgadas, o samba enredo vai embalando nossas crenças e vaidades.O que fica é o coração limpo.Um coração sem maquiagem, sem vaidades espirituais...O que fica é um coração que se entrega para o samba silencioso que reverbera na alma.Um coração de cara lavada.Um coração que sabe que a vida sempre acontece longe dos binóculos que insistimos em usar para aumentar o foco do que nos convém.Muitas vezes entre sentimentos, fatos e argumentos não tem mestre sala e porta bandeira.Quem vai carregar qual bandeira?...........tem tantas, né?Cada um segura a que lhe cabe.Viviane Mendes

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