sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Gente felizinha demais num vai no meu rolê.Hoje, eu acho quase impossível se relacionar com uma pessoa sem estar em condição de igualdade.O que mais equaliza essa balança é o sofrimento.A dor emocional ou física nos bate feito aqueles martelinhos de madeira usado para amaciar a carne. Percebo que as pessoas se tornam mais empáticas e compassivas no sentido raiz da palavra.Claro que existem as almas que mergulham no lodo e ficam com a visão turva para enxergar a vida.Existe a galera da pantera cor de rosa da nova era.Esses falam em compaixão, gratidão, no sentido ''nutella'' da palavra.Na pratica, desconhecem a cor da dor do outro.Nem sonham...e não fazem por mal.Esses são filé mignon preparado pela empregada, pelos pais ou pela vida.Particularmente, eu acho gente felizinha demais muito chata.Não dá para conversar e descer abismos.Desconhecem o mergulho e a ausência de tubo de oxigênio.E, aqui meus brothers, antes que algum profissional da área dos ''namastê'' se manifeste, não se trata de culto ao sofrimento.Muito pelo contrário.Percebo, que muitas pessoas são leves e sem identificação com o drama, justamente por ter adquirido uma forja no espírito.Obvio que os trocentos mil tipos de terapias existentes podem cumprir seu papel e ajudar aquele que pode pagar pela ajuda.E também respeito os que não querem ajuda nenhuma porque descobrem que a dor muitas vezes é um buraco escuro...e pior, confortável.A gente se protege feito um bicho da seda.Os felizinhos são fake.São frágeis demais.A felicidade existe.Desde quê:Não sejam contrariados em suas aspirações, projeções e expectativas.Os amaciados pela dor são acostumados com tsunamis internos e nem ligam quando a vida vira a cara.Essa gente ri com a barriga.Reconhecem a perfeição do mundo, mesmo com que foi lhes arrancado a fórceps ou extirpado sem anestesia.Essa gente é solta e leve.Soltou a vítima e cresceu.Cresceu emocionalmente.Experimenta ferir uma criança felizinha procê ver o que vai acontecer.O amaciado pela dor, se a vida fizer cara feia der as costas para seus desejos, espera a vida se distrair...e passa a mão na bunda dela.O felizinho, encarcerado em si, corre contar pro pai que perdeu a bola no jogo.Vivi Ame

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