sexta-feira, 3 de janeiro de 2020
Meu caso não tem solução:Sou daquelas que abrem as gaiolas.Sempre fui.Quando eu era criança, meu avô me levava em exposições de pássaros raros.Eu sempre pedia um.Uma vez escolhi um casal de mandarim chinês....custava caro.Ele comprou.Eu não fazia de propósito...chegava em casa,...instintivamente abria a portinhola da gaiola.Eu não conseguia conviver com isso.Quem tem passarinho na gaiola, acha normal.Na verdade, nem ele percebe que vive numa prisão....muitas vezes a alma é tão ensimesmada que não sente o desconforto de olhar pelas frestas das grades. No rumo do desconhecido, para fora de nós e que voamos e testamos a habilidades de nossas asas.Entretanto, há quem prefira comida garantida no bico.Desconhecem a magnitude do voo solo.Eu, definitivamente não tenho como conviver com almas assim.Sou uma inveterada abridora de gaiolas.Pelo simples motivo que tenho asas.Viviane Mendes
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