E a luz voltou...
Escapei dum dilúvio.
Esquentei um macarrão.
...faltou um tinto seco.
Tava deitada, sem esperança.
Só com a chama bruxuleante duma vela.
Sem bateria no celular.
Os pensamentos estavam cessando...
A fome, eu tava contornando.
E...pra falar a verdade, tava até me acostumando.
Eis que de repente, um clarão...
Infelizmente não era a nave espacial.
Era a luz que voltava...
Junto com ela, a fome despertou.
O Dornes acordou.
As rimas voltaram.
O sono se foi.
Tudo que me resta, numa hora dessa é ligar a máquina de fazer pão.
Não sei tocar violão...
Mas sou boa no pesto de manjericão.
A chuva continua lá fora.
E eu...tonta aqui dentro.